Os desatentos são os que conservam seus olhos em seus próprios umbigos. Não o fazem por mal, apenas não estão atentos ao seu entorno. É aquela pessoa que entra no elevador e solta a porta sem se dar conta de que você está chegando. Ele poderia segurar a porta por um instante
e evitar que você tivesse de esperar o elevador voltar. Mas ele não se deu conta…E assim são tantas pessoas, felizmente. A todo instante, temos a chance de servir a alguém, facilitando sua vida e engrandecendo a nossa. Servir é, ou deveria ser, a essência do ser humano. Quem não cultiva o hábito não o faz por um entre três motivos: desatenção, desinteresse ou prepotência.
Os desinteressados talvez se deem conta, mas não têm o menor interesse em colaborar, a não ser que vejam alguma vantagem nisso. Trata-se de uma atitude egoísta. Seu slogan poderia ser: “O que eu ganho com isso?”. Aquele jovem que oferece carona à colega só porque está interessado nela, ou o funcionário que se oferece para ajudar o chefe, mas não o colega, afinal, esse não pode promovê-lo.
E há ainda os prepotentes, aqueles que têm convicção de que são superiores aos demais e que nunca precisarão de ninguém. Você conhece o tipo. Ele tem certeza de que nasceu para ser servido e não para servir. “Que audácia, veja só!”, respondem quando alguém lhe pede para colaborar.
Mas eles não são a maioria. Ainda vejo, em minha cidade, nas ruas, no trabalho, uma legião de pessoas dignas do nome. Não são serviçais nem subservientes, são os membros ativos da sociedade, aqueles responsáveis por podermos chamar a humanidade de civilização. O que nos torna verdadeiramente humanos não é a anatomo-fisiologia, e sim a sociobiologia.
O ato de servir não tem relação com profissão, função, classe social, sexo ou idade. Tem a ver com disposição, qualidade moral, elevação espiritual. Não há nada de subserviência em servir. Servir engrandece.
Fonte: Escrito por Eugenio Mussak via Vida Simples
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