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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

A EVOLUÇÃO, O HOMEM E O TEMPO



“A felicidade dos indivíduos depende das qualidades deles, e não do estado material do meio em que se encontra, podendo ela, portanto, existir em qualquer parte onde haja espíritos capazes de usufrui-la. Nenhum lugar lhes é circunscrito, ou seja, fixo e assinalado no universo de Deus.” (Alan Kardec, O Céu e o Inferno, Cap. III, questão 15).
As energias mentais e de natureza divina não estão sujeitas aos processos de agregação e desagregação, como acontece com as energias comuns, ou seja, os sólidos, líquidos e gazes, e outras energias de natureza grosseira, mesmo que se apresentem de uma forma invisível aos olhos humanos, porque somente as energias que partem da mente imortal do homem e de Deus podem assegurar à vida eterna individualizada de cada espírito, garantindo-lhe a permanência e a evolução infinita, enquanto outras formas de energia subordinadas à mente humana e a Deus se transformam contínua e estruturalmente, sobre as pressões das forças que presidem os processos de organização e desorganização, impondo constantes renovações nos seres e nas coisas, em regime de trocas incessantes entre todos os tipos de energia.
Temos assim uma ideia real de que a morte não existe; é apenas uma desagregação molecular do corpo físico, apanhado por empréstimo na natureza em que vivemos, sendo obrigatória a sua devolução, pois não podemos entrar numa dimensão fluídica com o nosso pesado corpo de carne, mas sim com um corpo leve, etéreo, dinâmico e condizente com nossa nova realidade de espírito livre depois da morte. A morte representa, na realidade, o fim de cada processo temporal terreno, que é, do ponto de vista da eternidade, um novo começo na química das transformações, havendo, portanto, para tudo que é temporal e passageiro, começo e fim, nascimento, vida e morte.
Podemos então dizer que o tempo e, por definição, a trajetoria de uma onda eletromagnética, que vai desde o nascimento até a morte, e é também uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque sendo estável, se apresenta no nosso plano de vida na forma veloz de ondas eletromagnéticas, agindo incessantemente no passado, no presente e no futuro. A evolução física e espiritual trabalha com o concurso do tempo, em sistemas isolados e fechados, e segue a natureza de cada sistema, como tudo que existe no microcosmo ou no macrocosmo, como também em todos os Universos paralelos do infinito de Deus.
Em verdade, cada mente humana trabalha com o concurso do tempo, quando evolui e se expande; ou se contrai, dentro da evolução infinita, com as experiências do mundo físico e espiritual; estruturando e dimensionando o seu espaço e, consequentemente, o seu tempo, em consonância com os ritmos vitais que lhe são próprios e, gradativamente, o espírito vai se libertando dos automatismos, conforme desenvolve valores novos de consciência imortal, e vai se acomodando a outras faixas vibratórias de espaço e tempo, até que possa conseguir atingir estágios superiores de conhecimento e poder.
No entanto, cada um viverá e atuará sempre nas próprias faixas vibratórias que criou para si mesmo, em comunhão com os semelhantes de sua afinidade pessoal, forjando a própria economia da vida que escolheu, numa incessante troca de forças alimentadoras, transformadoras e conservadoras, de diferentes tipos e condições; articulando e fazendo coesão das forças eletromagnéticas que o envolve, construindo por meios de sinergias funcionais o cosmo individual, no qual se movimenta; evolui, cresce e supera, numa romagem hercúlea na busca do seu verdadeiro destino, que não está confinado na matéria do Planeta Terra, mas nas Campinas Siderais do infinito de Deus.
É interessante ressaltar que todo tipo de energia pode perfeitamente se sublimar, como pode também se degenerar e desequilibrar a mente imortal, dependendo apenas de certas circunstâncias ligadas à moral do indivíduo; ou pode provocar, consciente ou inconscientemente, explosões incontroladas na própria “Aura Humana”, que é em síntese, uma túnica eletromagnética que envolve o espírito imortal, esse andarilho do infinito, esse nômade do espaço, esse viajor incansável da eternidade. Pode ainda provocar implosões atômicas em seu “Corpo Espiritual”, intoxicando o mundo individual da entidade espiritual, contaminando as energias de sua sustentação; entretanto, a projeção de ondas mentais contendo fortes energias rarefeitas provoca sempre uma desintegração em cadeia, retirando resíduos de matéria grosseira dos corpos espirituais, envolvendo-os com intensa luz, proporcionando alegria, paz e felicidade.
       Djalma Santos


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