.Senhor, perdoa-me, mas deixa-me explicar-Te porque pequei.
Meu filho, eu conheço as tuas razões. Interessa-me apenas o teu arrependimento e o propósito de quereres não voltar a pecar.
Mas, Senhor, é que eu pequei porque fui levado a isso, e assim queria explicar-Te a razão do meu pecado.
Pois, mas Eu sei que na tua explicação vais envolver outras pessoas que te terão, segundo a tua ideia, levado a pecar. Mas o pecado é teu, meu filho, foste tu que o cometeste e não outro por ti.
Mas a verdade é que se não fosse essa pessoa, eu não teria pecado.
Não, meu filho, a verdade é que tu pecaste porque te deixaste cair no pecado. A culpa da outra pessoa é dela e tu não tens que a julgar, ou servir-te dela como responsável do teu pecado.
Mas eu queria tanto contar-Te como tudo se passou.
E Eu não quero ouvir para teu bem. Se contares o que julgas que aconteceu, vais acusar outra pessoa, vais julgar outra pessoa, vais condenar outra pessoa, e assim voltas a pecar. O teu arrependimento basta, mas para ele ser verdadeiro tens que assumir a culpa, não podes transferir a tua culpa para outro.
Sim, Senhor, tens razão, como sempre. Estou a arranjar desculpas para uma decisão que foi apenas minha. Perdoa-me, Senhor, não só essa decisão mal tomada, mas também o julgamento e acusação que intimamente estava a fazer a outrem.
Obrigado, Senhor! Realmente, só Tu és a Verdade!
Joaquim Mexia Alves
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