Poderias explicar o que é a soberba e que a caracteriza?
A soberba é a falta de humildade, um excesso do que chamais
incorrectamente “amor-próprio”. As duas disciplinas principais
pendentes de superação pelo espírito nesta etapa, são a falta de
humildade e o apego ou dificuldade em compartilhar o amor dos
seres amados. O soberbo julga-se muito seguro de si mesmo, que não
precisa dos outros, que é auto-suficiente para tudo. Ainda que
costumem estar dispostos a ajudar os outros, raramente pedem ajuda
para si próprios, mesmo que realmente precisem dela, porque o seu
defeito lhe faz crer que pedir ajuda é um sintoma de fraqueza. Por
isso, resguardam-se dos outros. Costumam ocultar as suas
necessidades, as suas debilidades, os seus defeitos, os seus
abatimentos de moral para que ninguém note como estão, para que
ninguém lhes pergunte, passa-se alguma coisa? Precisas de ajuda? E
se alguém se apercebe de alguma coisa,, põem-se nervosos, zangam-se,
porque lhes custa admitir que não são auto-suficientes. Ou seja,
manifestam-se neles a desconfiança, a ira e a arrogância. Ainda que
o soberbo seja menos susceptível que o orgulhoso e se sinta menos
ferido quando é tratado com ingratidão, quando é caluniado ou se
sente enganado, também desperta nele a ira e a arrogância nessas
situações, assim como naquelas que não consegue resolver de
acordo com os seus planos.
Por exemplo, quando recebe desprezo ou é enganado por alguém a
quem está a tentar compreender ou ajudar, isso provoca-lhe ira e
arrogância e pode dar respostas como "tu não sabes quem sou",
“como te atreves?" ou "quem te julgas para me falares assim?".
Esta dificuldade em aceitar a ingratidão e a calúnia por falta de
humildade, leva-o a classificar, a preconceber e a tratar os outros de
forma desigual. Se não é capaz de reconhecer o seu próprio defeito
e superá-lo, a desconfiança apodera-se dele na hora de acolher as
pessoas que se aproximam dele para lhe pedir ajuda. Os seus
preconceitos podem levá-lo a colocar objecções relativamente a
certas pessoas e a decidir não as ajudar na medida das suas
necessidades, mas sim em função da desconfiança, do medo ou
dúvidas que sente em relação a elas, não sendo justo nem equitativo.
Ainda que o soberbo se julgue auto-suficiente, a verdade é que necessita de amar e também de se sentir amado para ser feliz, como
todo a gente, por muito que lhe custe reconhecê-lo. Por isso, a sua
fachada de auto-suficiência desmorona-se quando se sente inseguro
nos sentimentos. Esse receio de perder o amor que julgava certo fá-lo
sentir desconfiança, tristeza, desespero e impotência. E isso acontece-lhe, porque ainda sofre de apego, tem dificuldade em compartilhar o
amor das pessoas que ama.
Bem, parece-me uma reacção bastante normal. Por acaso não nos
acontece a todos termos medo de perder o amor dos seres queridos?
Se tivesse chegado a experimentar o amor incondicional já não
sofreria de apego, nem teria receio de nada, porque saberia que o
amor autêntico não se perde nunca.
Vicent Guillem
A soberba é a falta de humildade, um excesso do que chamais
incorrectamente “amor-próprio”. As duas disciplinas principais
pendentes de superação pelo espírito nesta etapa, são a falta de
humildade e o apego ou dificuldade em compartilhar o amor dos
seres amados. O soberbo julga-se muito seguro de si mesmo, que não
precisa dos outros, que é auto-suficiente para tudo. Ainda que
costumem estar dispostos a ajudar os outros, raramente pedem ajuda
para si próprios, mesmo que realmente precisem dela, porque o seu
defeito lhe faz crer que pedir ajuda é um sintoma de fraqueza. Por
isso, resguardam-se dos outros. Costumam ocultar as suas
necessidades, as suas debilidades, os seus defeitos, os seus
abatimentos de moral para que ninguém note como estão, para que
ninguém lhes pergunte, passa-se alguma coisa? Precisas de ajuda? E
se alguém se apercebe de alguma coisa,, põem-se nervosos, zangam-se,
porque lhes custa admitir que não são auto-suficientes. Ou seja,
manifestam-se neles a desconfiança, a ira e a arrogância. Ainda que
o soberbo seja menos susceptível que o orgulhoso e se sinta menos
ferido quando é tratado com ingratidão, quando é caluniado ou se
sente enganado, também desperta nele a ira e a arrogância nessas
situações, assim como naquelas que não consegue resolver de
acordo com os seus planos.
Por exemplo, quando recebe desprezo ou é enganado por alguém a
quem está a tentar compreender ou ajudar, isso provoca-lhe ira e
arrogância e pode dar respostas como "tu não sabes quem sou",
“como te atreves?" ou "quem te julgas para me falares assim?".
Esta dificuldade em aceitar a ingratidão e a calúnia por falta de
humildade, leva-o a classificar, a preconceber e a tratar os outros de
forma desigual. Se não é capaz de reconhecer o seu próprio defeito
e superá-lo, a desconfiança apodera-se dele na hora de acolher as
pessoas que se aproximam dele para lhe pedir ajuda. Os seus
preconceitos podem levá-lo a colocar objecções relativamente a
certas pessoas e a decidir não as ajudar na medida das suas
necessidades, mas sim em função da desconfiança, do medo ou
dúvidas que sente em relação a elas, não sendo justo nem equitativo.
Ainda que o soberbo se julgue auto-suficiente, a verdade é que necessita de amar e também de se sentir amado para ser feliz, como
todo a gente, por muito que lhe custe reconhecê-lo. Por isso, a sua
fachada de auto-suficiência desmorona-se quando se sente inseguro
nos sentimentos. Esse receio de perder o amor que julgava certo fá-lo
sentir desconfiança, tristeza, desespero e impotência. E isso acontece-lhe, porque ainda sofre de apego, tem dificuldade em compartilhar o
amor das pessoas que ama.
Bem, parece-me uma reacção bastante normal. Por acaso não nos
acontece a todos termos medo de perder o amor dos seres queridos?
Se tivesse chegado a experimentar o amor incondicional já não
sofreria de apego, nem teria receio de nada, porque saberia que o
amor autêntico não se perde nunca.
Vicent Guillem
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