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segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Três Tipos de Fé ... evite falsas crenças


 Todo ser humano tem fé - ; fé em alguma coisa, em algum ideal, alguma conceção, alguma religião, alguma fórmula. Mas enquanto a fé de diferentes pessoas tem este ou aquele objeto, a fé em si mesma vem do Mais Alto, e é inerente ao coração de cada ser. A fé é a própria base do nosso ser.
 Seja qual for o caminho que seguimos, fazemos isso por causa da fé que temos - a convicção de que este é o melhor caminho. O fato de que o mundo está cheio de convicções falsas se deve às diferentes ideias, crenças e filosofias, que limitam a fé propriamente dita aos meios considerados necessários para alcançar um objetivo específico.
“A alma presa a um corpo tem o dom da fé, e cada homem possui a mesma natureza que o ideal em que ele fixa a sua fé.” O homem tem a fé de acordo com a sua disposição; e ele também adquire continuamente a substância do ideal em que ela se baseia. É evidente, portanto, que deveríamos conhecer com segurança a natureza da fé sobre a qual está colocado o nosso ideal.
 Se alguém coloca a sua fé em qualquer coisa externa, seja qual for - deuses ou homens, religiões ou sistemas de pensamento - ela não tem qualquer base firme. O homem impede a força do seu próprio espírito de expandir-se além dos limites do seu ideal. Quando, por exemplo, nós aceitamos a ideia de que nada é real exceto aquilo que podemos ver, escutar, saborear, cheirar ou tocar, estamos colocando nossa fé sobre uma base muito inferior.
 Existe uma causa para que haja falsidade em nosso pensamento e na nossa ação, quando pensamos que o momento presente é o único momento, que o mundo externo e terrestre e esta existência atual são a única vida, da qual saímos para ir não sabemos onde, sem saber tampouco qual o propósito disso tudo.
 Olhar para todos os seres a partir das nossas próprias limitações mentais e da nossa capacidade de perceção - e ver apenas os aspetos externos da fala e da ação deles - não é vê-los como realmente são. Um Deus externo, ou um demônio externo, uma Lei externa, uma salvação externa dos pecados, e a ideia de que o pecado seja qualquer coisa além da negação da nossa própria natureza divina (o pecado imperdoável), são todos objetos de fé externa, que possuem a natureza de ignorância. A ignorância sempre leva à superstição. A superstição leva à falsa crença, e a falsa crença produz a fé falsa.
 Estamos todos em constante conflito uns com os outros por causa da fé que é colocada sobre bases falsas, e pelo próprio fato de que a fé colocada em qualquer coisa tem resultados. Os homens tornam-se cegos para a fé real e verdadeira devido aos resultados que até mesmo a falsa fé produz. No entanto, enquanto tivermos uma fé falsa, continuaremos a criar vidas de sofrimento para nós mesmos. Os resultados que fluem de uma fé falsa colocada em um ideal egoísta trazem-nos necessariamente maus efeitos em condições inadequadas. Eles são as próprias limitações que nós impusemos sobre nós mesmos através de fé colocada em objetos externos em outras vidas, e temos que voltar várias vezes em outros corpos até que nos libertemos dos defeitos que foram produzidos em nossa natureza pela fé em coisas externas.
 Devemos obter uma base para o pensamento e a ação que seja melhor do que a fé falsa e hereditária das atrações e repulsões. Nós produzimos os efeitos que vemos. Mas, se mudarmos nossos ideais, não necessitaremos continuar repetindo os mesmos erros uma vida após a outra. Basta encontrar uma base verdadeira para a fé. Temos que colocar nossa fé sobre aquilo que não é externo, mas interno.
O Interno é a própria fonte de todo tipo de poderes que possuímos, e este Interno é o mesmo em todos os seres vivos. Na própria raiz do nosso ser, está aquele Eu imutável que nós só podemos conhecer dentro de nós mesmos. Para podermos alcançar o nosso interior em busca Dele, devemos primeiro  enunciar a todas as nossas ideias – a tudo que muda.



Robert Crosbie

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